sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Se eu fosse a sua e não mais uma as quatro luas eu lhe daria
Pra me tornar sua maria uma canção eu cantaria
Minha resposta ao que eu ouvi a mais bela melodia
Foi roubar pra minha hitória sua poesia de outrora...



pois é...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

erros confortáveis.

-menina, pare de dar voltas. não percebeu ainda que você chega no mesmo lugar de onde partiu? tolinha...
-pior é que eu percebi. percebi e não mudei. cheguei a tentar mas foi tão pouco...
-tão pouco que está aí, desse jeito. nem me atrevo a falar sobre o que você está fazendo consigo... tenho vergonha por você. disse que não me atrevia a falar, mas olha... vou te contar...
-eu sei. que merda. pior é que eu sei. será que não tem mais jeito? auto-destruição-viciante-falta-de-vontade-de-chegar-em-qualquer-lugar-que-não-seja-esse-erro-antigo-e-confortável.
-Chega dessa conversa, vai! não quero te ver pior, ou chorando...
-tolinha... taí: gostei.

sábado, 17 de janeiro de 2009

a gente tava andando pela cidade de madrugada. éramos 5 pessoas mais ou menos. fui andando um pouco mais atrás e pensei: "que bom poder caminhar!". cada passo que eu dava nos paralelepípedos fazia eu me sentir única. estranho, mas caminhar é uma coisa que só você pode fazer por você mesmo. e toda forma de pisar e sentir o chão, cada passo mais largo, ou mais curto. cada pausa é única. já dei muitos passos, mas precisei dessa situação exata, na cidade alta de Olinda, no calor de janeiro com aquelas pessoas para me dar conta de que cada passo que dei e que vou dar é a coisa mais íntima, pessoal e intransferível que tenho. nunca ninguém vai poder fazer isso por mim. quando me dei conta já estava eu, como numa oração, agradecendo por ser a Clarice, por estar andando na cidade alta as 3 da madrugada, por poder dar os passos naquela direção e dar onde dei: rua da Bica dos quatro cantos.
é janeiro do ano de 2009 e tudo permanece uma incógnita. que bom ter pelo menos a certeza de que vou caminhar por onde eu quiser.

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