terça-feira, 30 de junho de 2009

COM


E a pergunta vinha:


Á!

Sentimento: Conjunto de emoções.
Silêncio: Descanso; estado calmo; estado de paz, de inação.
Carinho: Afago, carícia. Meiguice. Cuidado.
Toque:Ato ou efeito de tocar; contato, impulso leve.

mas se definir perde a beleza...

Saudade:saudade sau.da.desf (lat solitate) 1 Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas. 2 Nostalgia. 3 Ornit Pássaro muito atraente da família dos Cotingídeos (Tijuca atra); assobiador. 4 Bot Nome com que se designam várias plantas dipsacáceas e suas flores; escabiosa. 5 Bot Planta asclepiadácea (Asclepias umbellata). sf pl Lembranças, recomendações, cumprimentos. S.-da-campina: o mesmo que cega-olho, acepção 1. Saudades-de-pernambuco: o mesmo que jitirana-de-leite. Saudades-perpétuas, Bot: planta da família das Compostas (Xeranthemum annuum).

Não se assemelha a nada disso... é tudo isso junto e longe. e só...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

sonhado não é roubado!

De ontem pra hoje, salvei a vida de Zé Celso.
Nossa turma estava reunida na praia, a areia começou a desmoronar. quando reparamos, havia se formado uma prateleira de areia e presa a uma corda, conduzi Zé-apavoradíssimo- até o chão.
antes de saltar também, dei uma voada e acabei me estatelando na areia. não doeu, só palpitou um pouco o coração.

domingo, 28 de junho de 2009

permanecerei

dentro desse abraço
dentro desse tempo bom
nessa alegria de bem-viver
nesse olho-no-olho
nessa companhia do bem
nesse caminho companheiro
querendo amar todo instante
agradecendo todo o bem ofertado
colhendo flores do nosso bem-amado


(todotempotodo)

domingo, 21 de junho de 2009

ah...existir!

entre um papo e outro a gente vê que ainda tem muita coisa pra ser feita, não é? agora mesmo conversávamos sobre isso. querer saber o que a gente é no meio disso tudo é bem difícil. mas esperar pra saber tem sido mais difícil ainda.
é melhor dar um tempo na dúvida e só existir. e existir inclui concretizar coisas.
acordar todos os dias as 5:30 da manhã, cumprir os prazos e depois reclamar porque acordou as 5:30 da manhã e teve de cumprir prazos- é existir, mas é um existir muito ralo, muito pouco.
há que exisitir bem, existir todo, existir gozando essa existência que pode não ser fantástica pra quem existe, mas que é insipiração sempre. ser, inspiração as 5:30 da manhã, ou no fim da tarde. ser inspiração no ponto do ônibus, ser inspiração no cisco do chão, no roubo, na multidão, na dança, na loucura, no pão, na cor.
ser.
insipiração e
existir
feliz.

amoramoramor

Por que a gente se convencionou a achar que o amor- na amplitude toda dele- é lugar-comum? por que? por que é que a gente acha que falar de amor é chover no molhado?
cada amor sentido por cada pessoa é único. cada amor é novo. o amor é bom. o amor salvou Arnaldo, salvou você, me salvou.
sair do cinema pensando no amor, falar de amor com o amigo-amado. querer amor, respirar amor, tudo amor- é bom, é novo, é amor!



(assistam Lóki- Arnaldo Baptista e amem.)

terça-feira, 16 de junho de 2009

saudadedacasinha

dentro das pupilas-girassol construí uma casinha cheirando a vapor de erva-cidreira.
nela permaneci protegida, aquecida e feliz por um tempo que não se pode calcular.
um tempo outro, que veio de longe trazendo alegria e calma.






(respiro compartilhado, querer-bem guardado no peito)

transcrição do coração: poema ao ar livre

"minina:-como que era? borboleta branca...
minino:-borboleta branca voando bastante...
minina:- em cima...
minino:-em cima da árvore seca.
minina:-e a continuação?
minino:-a continuação é o vôo, a beleza do vôo, o silêncio. o silêncio é a continuação...
minina:-o silencio."

terça-feira, 9 de junho de 2009

saudade da casinha

saudade do cheirinho de guardado dos quartos, da clarabóia que faz um caminho de poeira luminosa na sala. saudade do tapetão, saudade da lareira, saudade de desenhar a mesma varanda toda vez. saudade da rede rosa, saudade da árvore torta que era meu foguete, meu navio, minha casinha. saudade de não pentear o cabelo, de ser bicho do mato, arisca, quietinha brincando sozinha. saudade de cozinhar cantando na cozinha grande, saudade do pupo, da piscina de maria-sem-vergonha. saudade de olhar o ponto fixo, de fazer festa do pijama, do balanço, de ver a lua cheia com a mamãe. saudade do milho na brasa, das fogueiras de todo junho. saudade da bicicleta sem rodinhas, das longas competições comigo mesma, das raízes-obstáculo perto da porteira. saudade de rastelar as pinhas e beber a espuma da cerveja do papai. saudade dos meninos do vizinho, do crochê, das fotos mofadas, dos brinquedos quebrados. saudade de ser pequena no jeito de não ser quase ninguém. saudade da lonjura, do mistério, do vento verde, das moedas de ouro, dos brigadeiros de barro, dos banhos de mangueira. saudade do que não foi, vontade do que ainda vai ser. saudade do meu sítio.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Não sei se é impressão minha, se é fruto do atual estado sensível em que me encontro, mas percebo que o tempo está correndo muito. Ontem mesmo era o fim do ano passado, eu chegava em casa cansada depois de um dia inteiro de trabalho e tava quente como nunca. Desde 1995 passo todo santo dia em frente a banca da Beth, olho pra ela e digo "Oi Beth". Ela sempre me respondeu "Oi menina". E assim éramos cúmplices da nossa esquina.
Ela já sabia que minha resvita preferida era Tpm, sabia que eu gostava de Trident verde e sabia que eu podia pagar outro dia.
Tem que um dia, há pouco mais que duas semanas, não encontro a Beth dentro da banca, e sim, uma morena, de cabelão limpando tudo com um paninho. Será que a Beth contratou uma faxineira?
Não. A Beth nunca chamaria ninguém pra limpar sua banca. Ela sem dó nem piedade de mim- pessoa apegadíssima- vendeu a banca com tudo dentro: meu cigarro, minha Tpm, meu chiclete, meu Oi, tudo.
A nova dona olhou pra mim outro dia e disse "eu ainda vou te conquistar como cliente". Dei uma desculpa esfarrapada e saí correndo dali. Não minha querida, você não vai me conquistar. Você não é carequinha como a Beth, você não sabe que cigarro eu fumo, que chiclete eu compro, que revista eu leio... e quer saber do que mais? Ah... Não gosto de mudanças assim. E se daqui a pouco o cheiro do jardim do vizinho mudar, pode ter certeza que eu me mudo dessa casa, dessa rua, dessa cidade. É emoção demais pra mim, á beira de uma tpm louca. louca total e completamente louca.
Por sorte, Beth ainda é minha vizinha, e ao saber pela minha mãe o quão triste eu fiquei com sua partida, me comprimenta toda feliz, e até ganho um beijinho e um " Oi linda!".
É... talvez eu fique contente com isso, mas... QUERO MINHA BETH DE VOLTA!!!

sábado, 6 de junho de 2009

boas vindas


a casa aberta, o coração aberto, o quarto aberto, a cozinha aberta, os braços abertos, a vida aberta, a felicidade desperta, as histórias contadas, o sorriso liberto, o olhar bem vindo, a vida vindo, sorrindo, cantando, a familia compartilhada, a música escutada, o vinho derramado, todo o bom que estava guardado...quesejabemvindosempre...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

todo pássaro,todo passarinho, tudo que voa. as partículas de poeira, as cinzas e as fumaças. tudo que voa. tudo que voa. tudo que me lembra, tudo que sobe, tudo para o alto, acima, adiante, pra lá, pro ar, pro céu. o céu, olhar o céu. o vento sempre, as nuvens, o ar, aquele ar, aquele sopro, tudo que eleva, tudo que me eleva, tudo que aponta pra longe, lá de longe, onde toda beleza do mundo se esconde.
todas as borboletas que estão morando na minha barriga, que querem sair pela boca, numa boa e voar tranquilas pelo ar de são paulo, nesse frio doido todo.
tudo que não sai do meu pensamento um minuto. tudo que está aqui, mesmo não estando.

tudo me encantando.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

tempo bom de fechar os olhos

eu queria fatiar o tempo em lentos espaços onde eu pudesse passar eternidades jogada ao teu corpo, no calor das mãos sempre quentes, assistindo do melhor ângulo seus olhos como duas luas crescentes, protegidas por leques desses sílios tão bonitos teus.





(e como eu quero.)

terça-feira, 2 de junho de 2009

pássaro proibido

Solto está o pássaro proibido
Perigo, cuidado, sinal nas ruas
Plumagem clara, brilhante
Ao sol e à lua transparente
Ao corisco e à maré
Ao corisco e à maré

Eu canto o sonho na cama
Do jeito doce e moreno
Eu canto pássaro proibido de sonhar
O canto macio, olhos molhados
Sem medo do erro maldito
De ser um pássaro proibido
Mas com o poder de voar

Voar até a mais alta árvore
Sem medo, tranqüilo, iluminado
Cantando o que quer dizer
Perguntando o que quer dizer
Que quer dizer meu cantar
Que quer dizer meu cantar

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