segunda-feira, 2 de março de 2009

Carta

Querida pessoa,
Lhe escrevo pra falar de coisas bonitas que eu vi naquela noite.
De muita gente sozinha, vi muita gente em bando, rindo tanto...
Teve uma moça que puxou assunto. Teve outra que me ajudou.
Teve também a moça das rosas. Ah, como aquilo foi bonito...Ela era magrinha, magrinha... Sua roupa era atemporal e era "tão pequena no jeito de não ser quase ninguém", que me lembrou um passarinho miúdo. Estava no ponto de ônibus, sentada embrulhando rosas brancas e vermelhas com um papel celofane. Tirava os espinhos com afinco, e com a rosa na palma da mão, embrulhava com tanto cuidado, tanta delicadeza que parecia um ritual de ninar...
Encontrei naquela noite gente tão querida, com abraço tão gostoso de quase desmaiar. Gente querida de trocar declarações bonitas.
Foi naquela noite que eu percebi que...
Ah... me desculpa se eu não soube descrever tudo isso pra você. Nem imagem, nem palavra, nem som- nada alcança a sutileza de alguns encontros.
Um beijo, Clarice

Um comentário:

Chico disse...

Cada dia mais lindo esse pedaço de chão.

Minha cara amiga eu bem queria lhe escrever, mas o correio andou arisco...

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