sexta-feira, 10 de abril de 2009

Amizade erótica

Há alguns dias me referi às mulheres contemporâneas e seu comportamento. Pelo visto os "meninos" também têm sofrido. Sim porque como dizia Vinicius: "medo de amar não faz ninguém feliz"... E olha que esse livro não foi escrito ontem...
'... Só lhe restava de herança o medo das mulheres. Ele as desejava, mas tinha medo delas. Entre o medo e o desejo, era preciso encontrar um acordo; era o que ele chamava de "amizade erótica". Afirmava a suas amantes: só uma relação isenta de sentimentalismo, em que nenhum dos parceiros se arrogue direitos sobre a vida e a liberdade do outro, pode trazer felicidade para ambos.
Para ter certeza de que a amizade erótica jamais cede à agressividade do amor, só se encontra com as amantes permanentes após longos intervalos. Achava esse método perfeito e o elogiava aos amigos: "É preciso observar a regra de três. Pode-se ver a mesma mulher em a intervalos bem próximos, mas nunca mais de três vezes. Ou então pode-se vê-la durante longos anos, mas com a condição de deixar passar pelo menos três semanas entre cada encontro".'
"A Insustentável leveza do ser"- Milan Kundera

Um comentário:

Layse Moraes disse...

essa leveza-peso de a "insustentável leveza do ser" ficou tão em mim que depois que eu terminei de ler fiquei com medo de nunca mais ler algo tão-tão na vida.

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